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Ainda não foi decidido, nem de forma aristocrática e muito
menos por maioria de votos, se o futebol faz parte das coisas regidas pela
lógica e probabilidade ou das regidas pelo cosmos e entidades sobrenaturais. Como
tudo no universo, e os clubes futebolísticos nele inseridos, parece, por
diversos fatores, e principalmente boas e más gestões de diretoria e
patrocínio, que se trata de ciclos. Ora ganha-se muito, ora ganha-se nada.
Passado
este preâmbulo que talvez explique menos que entrevista de centroavante depois
de uma furada na pequena área, em semifinal que o time perdeu por 1x0, o fato
concreto é que não parece lógico que o Corinthians, um time quase sempre
competitivo, tenha demorado tanto tempo para chegar tão perto de ganhar o
título da Libertadores. Eu, como palmeirense que se preze, nessas horas não dou
a mínima para a lógica, e por mais que um dia “Dê a lógica”, seria bom que isso
demorasse mais 102 anos e eu não fosse obrigado a presenciá-la.
É, de
certa maneira, cômica a forma apocalíptica como se encara essa final, como se
fosse as Ilhas Faroé se classificando para a Copa, ou um Congolês que só nadou
uma vez, (e num açude), em toda vida, conseguindo completar os 200m livre nas
olimpíadas. A diferença é que ninguém, salvo os próprios corinthianos,
aplaudirá. Mérito (?) dos “maloqueiros e sofredores, graças a Deus”, que fazem
de seu time o maior motivo de aversão nacional, e gostam disso. Mas futebol é
assim mesmo, alguém terá de ganhar e rivalidade até certo ponto é saudável.
Resolvi
puxar o assunto pra dizer que apesar de qualquer coisa, não é certo, como a
principio até eu pensei, imaginarmos que uma eventual conquista do arquirrival
venha a suprimir o fato de que estamos a beira de ganhar um título nacional depois
de mais de uma década. É a pior equipe que chega a uma final desde que sou
palmeirense, ou seja, desde que me entendo por gente. Não tem Cesar Sampaio e Roberto
Carlos, nem Evair e Edmundo de 93, 94. Não tem Rivaldo, Djalminha, Cafú, Luizão e Muller de 96. Alex, Arce, Junior, Zinho, Paulo Nunes e Oséas de 99, mas estamos
aí.
Nenhum
de nós, por conta disso, deixou de torcer pelo Palmeiras, apesar de más
gestões, contratações sempre duvidosas, resultados vexaminosos, de ser por
vezes chamado de Guarani da capital, entre outros. São 12 anos com apenas um
paulista, e daí? Vamos deixar tudo pra trás e acreditar mais uma vez que esse
será o gatilho para um novo ciclo, de muito mais prestígio, vitórias e títulos.
Difícil do jeito que está? De algum jeito tem de começar! Se a galinhada não
ganhar, tanto melhor, infinitamente melhor. Mas o dia seguinte é Palmeiras! Se
esse ano for, pelos outros, lembrado pelas conquistas alheias, tanto faz. A
gente vai ganhar essa Copa do Brasil!
E pra
entrar no clima da decisão, deixo um link do cara que pra minha geração, foi o
maior ídolo de todos e que sirva de espelho para os jogadores que estão aí:
http://www.youtube.com/watch?v=hAw_hVzbKOg
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