- Oi, Dô! (forma como minha irmã, e parte da minha família
por parte materna me chama) Quem diria que a vó ia te ver dirigindo! - Foi o que disse minha avó a primeira
vez que fui buscá-la em sua casa pra almoçar conosco, nalgum domingo de anos
atrás.
- Quem sabe a vó não vê sua formatura! - Era o que ela dizia
desde então, como se a vida na velhice fosse uma questão de resistir ao tempo para poder presenciar as conquistas dos entes
queridos.
Vó Teresa quase não tinha estudo, trabalhou num frigorífico,
onde recusou a promoção ao cargo de balancista, pois tinha medo de não
conseguir anotar corretamente os números que a balança mostrava quando pesavam
as carnes. Isso não a impediu de ser uma boa esposa, boa mãe, boa avó.
Hoje partiu sem conseguir ver minha formatura. Já estava
bastante frágil, e com certeza, esteja onde estiver, está tranquila. Deixou uma
família fantástica, que tem muito orgulho dela.
Em sua homenagem, recupero uma crônica que escrevi certa vez
que fui visitá-la; uma das boas lembranças que deixou:
Para ela, que sempre gostava de falar em terceira pessoa,
dizia sempre “A vó te ama!”, digo agora: “Vó, o Dô te ama! Obrigado por tudo”
2 comentários:
Meus Sentimentos.
Com o tempo as lembranças irão confortar a Saudade. Mas o amor prevalece além da vida.
Quem dera todos nós possamos desfrutar de uma vida tão longa e repleta de alegrias como a Dona Teresa!
Mesmo sem conhecê-la tenho certeza que as Vós são sempre especiais em nossa criação e essa deve ser uma perda imensurável. Mas tenha certeza que ela ainda está, em algum lugar, olhando por você!
Abraço meu caro!
Renan
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